Conheça um pouco mais da erva que é a “cara” da Leão
Em abril, o Paraná comemora o Dia da Erva-Mate. E se pensar matte, pensou Leão. Por isso, compartilhamos com você um pouco sobre a erva que é considerada o ouro verde do Brasil.
Você sabia que o cultivo dessa erva como matéria-prima para os produtos da Leão beneficia tanto o produtor quanto o meio ambiente? “A produção começa com a plantação e colheita da erva-mate feitas pelos produtores em sua maioria pequenos e familiares. Na sequência, o material é repassado aos ervateiros – pequenas agroindústrias responsáveis pelo processo conhecido como “sapeco”, que desidrata a folha por meio da exposição de calor”, explica Fabiano Rangel, Head de Desenvolvimento Organizacional e Institucional da Leão. “Ao adquirir a matéria-prima diretamente deles, a Leão estimula e privilegia a agricultura familiar, somada a práticas de manejo sustentáveis e o estímulo às pequenas indústrias. Vale ressaltar que a erva tem baixo ou zero impacto ambiental, ao longo seu ciclo de produção e uma participação relevante no desenvolvimento econômico e social dos participantes desta cadeia, o que contribui para o desenvolvimento região”, completa o executivo.
Quando plantada e cuidada de forma correta, ela pode ser manejada por mais de 40 anos e seu cultivo pode estar associado a estratégias de SAFs (Sistemas Agroflorestais) recuperação florestal, sequestro de carbono e até na preservação de mananciais hídricos.
Mas não é só isso. Temos projetos com organizações parceiras para estimular o desenvolvimento de cadeias primarias para insumos agrícolas. “Em 2019, firmamos uma parceria com a ONG Solidaried. Neste projeto, trabalhamos metodologias, processos e ferramentas digitais para mapeamento e diagnósticos que tem nos permitido avaliar diversos requisitos junto aos produtores de erva mate no sul do país, com foco no estímulo e desenvolvimento de uma agricultura sustentável e resiliente dos ervais”, completa Fabiano.
Atualmente, só a produção de erva-mate da qual Leão participa diretamente beneficia cerca de 4.000 pequenos produtores da região sul do País.
História ligada ao Paraná
A história da erva-mate se confunde com a do estado do Paraná. Segundo alguns registros históricos e, como a lenda indígena que a tribo Guarani sugere, o hábito de consumir a erva-mate já fazia parte da cultura indígena antes mesmo da chegada dos portugueses e espanhóis à América do Sul. No entanto, foi no século 19 que o chamado ciclo da erva-mate ganhou forças. Sobretudo no estado paranaense e com criação da Leão Jr., companhia de industrialização da erva mate, fundada por Agostinho Ermelino de Leão Junior, em 1901. #tbt
Rapidamente popularizada, a planta chegou a responder por 85% da economia paranaense no século XX e contribuiu diretamente para o desenvolvimento econômico e industrial da região. Fora isso, o ciclo também propiciou o desenvolvimento de uma infraestrutura de transporte com hidrovias, estradas e ferrovias locais e impactou na arquitetura curitibana.
“Não tem como falarmos de erva-mate sem lembrarmos da história do fundador da empresa. A Leão tem uma história centenária que começa Paraná e a residência de seu fundador é hoje um patrimônio da cidade”, comenta Fabiano Rangel. A residência onde morou Agostinho e sua família é uma das heranças arquitetônicas do período da erva-mate e, em 2003, foi tombado como patrimônio cultural do Paraná.
A importância da erva, no entanto, não ficou restrita ao passado. Segundos dados do IBGE, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, o Estado Paranaense concentrou 87,4% da produção nacional na produção em 2020. Mas não é só isso, de acordo com a Embrapa, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, o setor possui forte impacto social na região: são 37.184 produtores distribuídos em 151 municípios do centro sul do Paraná.