No Brasil, a palavra chá adquiriu significado elástico. É usada para a bebida preparada com a planta Camellia Sinensis, mas também para qualquer infusão de flores, folhas e frutos. É nessa categoria que se enquadra o produto lançado em 1901 por Agostinho Ermelino de Leão Júnior: a erva-mate, a mesma do chimarrão, mas na versão tostada, que gera uma bebida menos amarga.
Mais de um século depois, a Matte Leão foi apontada como a melhor marca de chá por 47% dos ouvidos pelo Datafolha, repetindo o resultado das três últimas pesquisas.
Foram os cariocas que deram fama ao produto. Nos anos 1950, o mate já era febre nas praias e nos estádios do Rio, popularidade que só aumentou quando foi lançada a bebida já pronta, em copos selados, três décadas mais tarde. Comprada pela Coca-Cola Brasil há 16 anos, a empresa tem hoje mais de 60 itens no portfólio.
Com o lançamento de sachês, para infusão em água gelada, a marca passou a estimular o consumo fora do lar. No ano seguinte, chegaram ao mercado os chás funcionais. Depois foi a vez da linha infantil e, em 2023, de uma destinada ao público feminino, com nomes como Xô TPM e Cheguei Menopausa.
“Como temos mais de 50% do mercado nacional, cabe a nós fazer a categoria se desenvolver”, diz Marcelo Correa, presidente da Leão Alimentos e Bebidas. Segundo ele, inovar é essencial para consolidar o hábito de tomar chá no país do café. “É uma bebida milenar, a mais consumida no mundo depois da água, e apresenta inúmeras funcionalidades. Estamos despertando um novo olhar entre os consumidores.